domingo, 10 de abril de 2011

Liberdade nas mídias sociais

As mídias sociais trazem, todos os dias, a impressão de total liberdade de expressão. Muitos usuários ingressam na web com a esperança de poder expor opiniões pessoais e profissionais que seriam só deles ou de apenas seu círculo de familiares e amigos. No entanto, nem sempre deixar às claras o que se pensa é tão positivo para si mesmo e para seu emprego.

Exemplo recente foi a demissão de dois jornalistas que fizeram comentários no Twitter sobre o obituário do ex-vice-presidente José Alencar. Ao exporem as empresas jornalísticas, ambos receberam a mesma punição: a perda do emprego.

Os casos não se limitam a jornalistas. Para quem acompanha essas formas alternativas de comunicação, não é raro encontrar matérias que relatam a demissão ou punição de usuários das mídias sociais por alguma declaração feita.

O que expomos nas mídias sociais tornou-se também critério para seleção de emprego. Quem nunca ouviu ou leu que deveria ter “cuidado” com as opiniões emitidas, por meio de comunidades, posts ou qualquer outro tipo de mensagem publicada na web? A impressão que tenho é de que sempre haverá um censor para julgar.

Por tantos outros motivos, reflito: onde está a liberdade de expressão? As empresas, organizações estão apenas defendendo a sua integridade pública ao vedar que funcionários comentem suas ações? Isso de fato interfere nas atividades da empresa? Será que as mídias sociais são espaços tão democráticos quanto muitos julgam?

Independente de questionamentos, a lição do dia é: o uso das mídias sociais deve ser feito de forma responsável, se você não quiser perder seu emprego.

Sobre a demissão dos jornalistas citados acima:
http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/04/04/jornalistas-do-grupo-folha-sao-demitidos-apos-comentarios-no-twitter/.

Conselho de quem entende:
http://vilamulher.terra.com.br/cuidado-ao-expor-a-empresa-nas-redes-sociais-5-1-37-618.html

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sobre o amor e outros demônios

Todos os dias os meios de comunicação falam sobre um amor inatingível, irreal, penoso. É um amor romântico coberto por beijos, abraços, transas e conflitos que parecem não ter fim. Noto que tais elementos transcendem o mundo das criações para se tornar uma prática dolorosa para tantos.

As novelas, os filmes, passam a ideia de que por amor tudo é permitido: usar, manipular, esconder, fingir... por amor, tudo pode! mas pode mesmo? um amor que dilacera e corrompe é mesmo amor? é mesmo valioso?

Penso nessas questões e lembro do número de divórcios na vida real. Tanta gente que se joga em uma relação, mas que, por qualquer motivo, rompe o laço. Nisso, todos sofrem. Mas será que passam a pensar um pouco nas próximas relações, no que é lidar com as suas próprias expectativas e nas expecativas dos outros?

Não sei... de repente, precisamos é parar e, como diz um amigo meu, pensar um pouco.

No fim, as relações de verdade não são pautadas em fantasias. Elas são construídas no dia-a-dia, com respeito e interesse em ver o outro bem sem prejudicar outrem.

Bem, penso isso quando vejo amores perfeitos em novelas e pessoas com verdadeiras dores emocionais na vida real.

sábado, 10 de julho de 2010

Do abandono e outras coisas

Abandono tudo quando pressinto que não dará mais certo. Isso pode ser um mau hábito, mas percebo que até agora deu certo. Sobre aquilo que tentei deixar pelo meio do caminho e não consegui, ignoro ou combato.

Ignorar também é uma ação, ativa. Necessita-se de um esforço para implantar. Tira-se uma força do fundo do nada para fingir que onde havia esperança, não há mais nada. Não, não há...

Se combato, outro passo talvez errado... mais energia dispensada no que não há nada. Não, não há nada.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Preciso dizer que tento mudar todos os dias. Que me arrependo quando magoo alguém.
Pensar antes de falar não é tão simples para mim. Ser menos irônica, mas difícil ainda.
Decidi que já não preciso de tudo isso... Só que ninguém tem paciência de esperar o outro mudar. E se mudança vem, ninguém reconhece.
Eu disse que esperaria você mudar porque eu aprendi a amar você com todos esses defeitos.
Você não teve rosto paciente nem para me ouvir. Quis apenas fazer as malas e ir. Vá. Vá e encontre seu destino porque eu também procuro o meu.
Hoje, apesar da dor, tentei ser paciente. Fui para o trabalho. Conversei com as pessoas.
A conta do banco está com saldo incompatível com o valor de contas a pagar. Menor que ...
Nem por isso fiz a dança do desespero, nem a coreografia da falida. Embora, realmente esteja.
Aliar tudo isso a um momento de perda. Fácil... muito fácil.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Popfuzz em Maceió e os shows alternativos

Poucas são as oportunidades que tenho de conhecer a cena cultural em Maceió. Uma vez ou outra, confiro o que há nos jornais, mais propriamente nas agendas culturais. Fico decepcionada. As atrações não passam do óbvio, comum, trivial e conhecido. Tudo aquilo que é comercial, as mesmas companhias de teatro. Affe, dá dó!

Outro dia, no entanto, um lembrete em uma dessas agendas sobre um show do selo Popfuzz tirou-me desse topor. Decidi ir conferir o espetáculo que reuniu três (ou foram quatro) iniciativas do mundo alternativo em Alagoas. Tinha gente até de Arapiraca, com recursos que iam do som eletrônico ao trombone.

Tudo era alternativo: o preço (R$ 5), a comida vegan – uma espécie de vertente da linha vegetariana, as pessoas. Um lugar para novas experiências, no antigo Beagá Café, na Ponta verde. Gente bonita e conversas inteligentes.

O som ambiente concorreu com as bandas no auditório. O que não necessariamente foi ruim. Até foi divertido ter dois ambientes para ouvir. No mais, espero mais coragem para sair de casa e aguardo no Orkut as novidade do selo.

sábado, 31 de outubro de 2009

Levando uma vida menos aculturada

Cansada do turbilhão da vida, decidi parar para ver um pouco de cultura passar. A tarefa não é das mais fáceis. São tantas as condições para ser um ser cultural que, às vezes, a vontade é de dizer: vou ouvir meu crossfox.

Piadas à parte, primeiro, há de se ter tempo e amigos que visitem locais mais alternativos. Ir sozinho pode não ter muita graça. E no mais, sempre é bom ouvir a opinião dos demais e discutir os pontos divergentes. Ler jornais, sites, agendas culturais são meios de descobrir novos pontos de difusão da arte, mas os contatos pessoais são bem mais importantes.

Essa semana a vida formal não me permitiu sair por ai. Na única folga que tive fugiu. Vi Gato Zarolho (banda alagoana) tocar. Uma produção muito boa e achei a voz feminina interessante, embora os colegas tenham odiado. Mas gosto é gosto.

Ao longo da semana, serei rata da bienal em Alagoas. Novidades aqui.